A Justiça de Pernambuco decretou a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, conhecido como Nivaldo Batista Lima, na Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
A operação, que também prendeu a advogada e influenciadora Deolane Bezerra, já identificou movimentações financeiras suspeitas que somam cerca de R$ 3 bilhões. A prisão de Lima foi decretada pela juíza Andrea Calado da Cruz, após a Polícia Civil do estado solicitar a medida, rejeitando a opção do Ministério Público de medidas cautelares alternativas.
A investigação apurou que a aeronave que trouxe Gusttavo Lima da Grécia ao Brasil também teria transportado dois investigados, José André e Aislla, ao exterior, levantando suspeitas sobre o envolvimento do cantor no esquema. A juíza destacou que Lima teria dado guarida aos foragidos e teria uma relação financeira intensa com pessoas envolvidas no esquema, sugerindo uma possível participação direta do cantor nas atividades criminosas. Essa relação foi vista como uma grave afronta à Justiça.
Além da prisão, a operação apreendeu a aeronave de Gusttavo Lima, um jato modelo Cessna 560XLS, no aeroporto de Jundiaí, São Paulo. Avaliado em cerca de R$ 38,8 milhões, o avião está registrado como pertencente à empresa Balada Eventos e Produções LTDA, que é administrada por Lima. No entanto, a assessoria do cantor negou que ele seja proprietário da aeronave, alegando que a J.M.J Participações, dirigida por outras pessoas, é a real proprietária.
As investigações da Operação Integration continuam, focadas em outras figuras públicas e empresas ligadas ao esquema de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. A operação revela um amplo sistema de atividades ilícitas que envolve tanto celebridades quanto empresários, aprofundando a análise sobre as conexões entre esses indivíduos e o crime organizado.