O ano de 2024 ficou marcado por várias ondas de calor no Brasil. Além disso, o país enfrentou uma seca histórica, bem como incêndios florestais de grandes proporções. Enquanto isso, o Rio Grande do Sul registrou inundações sem precedentes.
De acordo com os cientistas, todos estes são reflexos das mudanças climáticas e devem se tornar cada vez mais frequentes e intensos. Mas o que esperar para 2025?
Brasil continuará sofrendo com calor intenso
Segundo o Met Office, centro nacional de meteorologia britânico e referência mundial no assunto, 2025 será um dos três anos mais quentes já registrados na histórica, ficando atrás apenas de 2024 e 2023.
O Instituto Nacional de Previsão do Tempo (Inmet) segue o mesmo caminho e afirma que os piores cenários podem ocorrer nas regiões Norte e Nordeste, que devem ficar 0,5°C e 1°C acima da média, respectivamente.
Já a análise do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mostra que, ao menos nos primeiros três meses do ano, o calor deve permanecer acima da média em todo o país.
Este cenário vai contribuir com o aquecimento dos oceanos. Isso significa que eventos extremos podem ser registrados no país ao longo de 2025. No entanto, não é possível prever quais regiões serão mais afetadas ou como esses fenômenos podem ocorrer.
Isso é resultado do atraso da chegada do fenômeno climático La Niña.
Segundo as análises do Inmet e do Cptec, os níveis de precipitação devem ficar abaixo da média no país, pelo menos nesses primeiros três meses do ano.
Com chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas, a estiagem deve persistir e não há previsão de quando ela deve terminar.
A região central do Brasil deve ser a mais afetada, o que deve gerar prejuízos importantes para a agricultura.
Maioria da população brasileira nota mudança do clima diariamente
Um estudo do Datafolha, divulgado em 2024, aponta que 97% dos brasileiros percebe, em seu dia-a-dia, que a Terra vem sofrendo mudanças no clima. Dos 3% restantes, 2% nega que o clima está mudando e 1% não soube responder.
O dado é importante para mostrar a consciência da população em meio a tragédias ambientais, como a enchente histórica ocorrida no Rio Grande do Sul e incêndios florestais recordes que assolaram o pantanal.
Segundo a Folha de S.Paulo, as entrevistas foram realizadas de forma presencial, com 2.457 pessoas a partir de 16 anos localizadas em 130 municípios brasileiros, entre os dias 17 e 22 de junho. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, com 95% de confiança.
Estima-se que essa percepção mais clara da crise pela qual nosso planeta passa se dá justamente pelo aumento da intensidade, frequência e exposição a fenômenos climáticos extremos.
Fonte: Olhar Digital/Foto: Gildo Leal